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Se bem se recordam, aqui há pouco mais de um ano, uma mulher foi descoberta quando tentava sair de um supermercado sem pagar um produto no valor de cerca de 3 €. O segurança chamou a polícia e a Cliente foi levada para a esquadra, humilhantemente, para ser identificada e lavrado o respectivo auto, apesar de se ter prontificado a pagar o que levava escondido no fundo de um saco.
Já em 2005 houve notícia de uma situação idêntica, em que uma rede de supermercados pediu uma indemnização de 300 €, num caso que correu no Tribunal de Braga, a uma mulher acusada de furtar um produto para o cabelo, no valor de 2,79 €. Também neste caso foi detida pelos seguranças e chamada a PSP que a levou para a esquadra.
E a verdade é que, digo eu, cidadão deste blogue, essa cadeia de supermercados procede muito bem porque tenta evitar os roubos ao aplicar uma atitude firme, sancionatória, vexatória mesmo, mas legal e inibidora deste tipo de comportamentos. E, assim, não tem de reflectir sobre os restantes Clientes, que não roubam, os prejuízos causados pelos que levam produtos sem pagar.
E o que tem isto a ver com o BPN? Tem, porque houve alguém que desviou uns “milhõezitos” de euros e se esqueceu de pagar por eles o que era devido. E nós todos, cidadãs e cidadão deste País, já estamos a pôr dos nossos bolsos – através do Banco do Estado que é a CGD - 800 milhões de euros. E então? Não chamaram a PSP nem a GNR? O sujeito ou sujeitos que fizeram isto levaram o dinheirito onde? Também no fundo saco? Daí que eu quero sugerir ao Encarregado (parece que se chama governador, desculpem-me a ignorância, sim) da supervisão destas lojas de comércio de dinheiro – e comércio é comércio, seja lá do que for, batatas ou moedas para mim é igual, não quero é que me roubem – a contratação dos seguranças desses supermercados para vigiar estes “artistas”, porque eles, felizmente, são eficazes. E chamam logo as autoridades que levam as pessoas para a esquadra, estão a ver o filme? Roubaste 3 euritos vais já aqui na ramona com as algemas e tudo (à americana) , mesmo que queiras pagar, isto não se faz, és uma vergonha. Eu estou mesmo a ver os seguranças, à porta do Banco – “o sô tôr faz favor de mostrar o que leva aí dentro!” E o “sô tôr” a abrir a “pochette” da Vuitton e a mostrar as notitas e as moedas. Então está tudo pago? Sim senhor, vamos lá, pode entrar no carrito que até lhe abro a porta. Mas se não está pago começa o alarme a tocar – titititi - pronto, chama-se logo a GNR e o “sô tôr” tem que se explicar e vai à esquadra para se identificar porque nessa altura ninguém o conhece.
Estes seguranças não são como o senhor Encarregado da supervisão das lojas do dinheiro, não! Esse é delicado, pergunta aos “artistas” – então o que é que se anda a passar, expliquem lá à gente. Eles não respondem, mas isso não faz mal, é tudo gente fina, andam em carros topo de gama com motorista, vestem fatos armani (ou serão sapatos? ou cuecas?), são incapazes de levar uma pastilha das nossas, ainda por mastigar. E quando se vai a ver, olha, lixaram-nos com F. E agora? Já arrestaram os bens de alguém, preventivamente? Não, deve ser ilegal ou então não tem nenhum. A Cliente do produto para o cabelo, essa é que está lixada porque ainda lhe pedem 300 € de indemnização, por tentar desviar 2,79€ e com esse dinheirito não consegue fugir para lado nenhum. Ora, seguindo a lógica do supermercado, é só fazer as contas – 2,79€ está para 300€ assim como 800 milhões estão para 86 021 505 000 €. É pá, queres ver que o País ainda vai ganhar algum! Não era mau, se os “artistas” pagarem. E também devem pagar com o corpinho, porque um armani a dormir na enxerga da “prisa” também é fashion.
E quanto ao Banco de Portugal li, no Público, que as inspecções aos Bancos por serem entidades muito complexas, muito informatizadas, são muito complicadas (o que não duvido) sem que o Banco de Portugal possua inspecção informática. Bom, talvez pedindo ao Governo uns Magalhães ajude a resolver essa falta. É que já vão dois Bancos com problemas e a minha grande preocupação é se me chamam a mim para trabalhar na CGD (como me chamaram para a tropa, durante mais de 3 anos), por já não haver mais administradores para preencher os lugares na própria CGD.
E, agora com ar mais sério, a realidade é que isto também sucede porque as penas sancionatórias não são muito evidenciadas pela justiça – repare-se, peculato+peculato de uso+abuso de poder = 3 anos de pena suspensa (após passagem pelo Brasil). Lindo, né?