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Os primeiros tempos foram difíceis. Afinal, naquele clube, as técnicas de ataque às canelas eram já dominadas por quase todos os jogadores. E ele era apenas mais um. Ainda por cima inventaram uma coisa chamada “caneleiras”, que os adversários usavam nas canelas e que tornava muito complicado a sua fracturação. A vida estava difícil.
O W. A., vendo o seu filho cada vez mais triste, teve que reflectir (o que para ele era bastante complicado) e foi acender umas velinhas ao seu “Iemanjá” para que este lhe concedesse umas ideias. Esperou, esperou, mas de ideias nada. E as velas também já não eram muitas.
Bom, uma vez que dali não levava nada, resolveu ir à igreja lá da terra – afinal as mulheres e viúvas dos seus fans passavam lá os dias –, para pedir qualquer coizita para o seu filho.
Teve azar.
Quando lá chegou já passava das sete. E essa era a hora que o senhor Elias fechava a porta (ás 8.00h entrava ao serviço na fábrica de conservas de peixe e ainda tinha que jantar antes, até lavava as mãos e tudo).
Mas, ao descer a escadaria da igreja para voltar para casa, virou-se e reparou num camião da fábrica de conservas que tinha escrito por trás “Inove” (e mais qualquer coisa que ele não conseguiu ler). Logo ai, teve uma epifania e, rapidamente (antes que se esquecesse), foi ter com o B. A. e disse-lhe: “filho já sei como vais ser notado lá no clube . Tens que inovar.”. O B. A. logo respondeu: “Oi?”. E a coisa ficou por ali.