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Mudam-se os tempos…

Numa conversa domingueira com o meu irmão, nosso companheiro de blog, dizia ele estar farto dos dias de qualquer coisa… “estou farto do dia dos namorados, do dia da mulher, ir jantar nesses dias é impossível, é a confusão total” opinião esta que imediatamente teve a minha concordância.

De facto é um horror sair para jantar num dia como o dos namorados ou outro do género, é um verdadeiro teste à nossa paciência, são as filas, o mau e insuficiente atendimento e o que deveria ser agradável torna-se num pesadelo.
E agora a talvez polémica…

Todos os meus amigos sabem que sou um chato do caraças relativamente aos “jantares de mulheres”… lembro-me sempre dos livrinhos da turma da Mónica onde à entrada há um cartaz “menino não entra”… sou um chato porque não consigo perceber a necessidade desses jantares como também não consigo perceber o cenário inverso.

Também sei que não sou o único a ter esta opinião mas como nos tempos modernos não é politicamente correcto afirmá-lo a grande maioria fica em silêncio e como não faço parte do grupo dos que para quem os jantares de mulheres são a solução para uma noite de sossego sem a “chata” lá em casa fico um pouco isolado e com a ténue sensação de que não tenho as costas quentes.

Claro que, por ter esta opinião, já fui bombardeado com tudo e o tudo é… és um machista… és um inseguro… és um retrógrado… devias procurar ajuda profissional… tudo isto e talvez muito mais.

Como no fim-de-semana passado tivemos o Dia da Mulher e os inevitáveis jantares onde “homem não entra” tive conhecimento (é verdade só agora tive conhecimento) que já há programas organizados especialmente para a ocasião e para o pós-jantar em discotecas da região onde poderiam, para além do pezinho de dança, assistir a um fantástico show de strip masculino.
Os tempos mudam realmente, já vivemos exclusivamente o tempo em que as mulheres ficavam em casa e os homens… os homens lá iam eles para as boites e casas de alterne… e as coitadas tinham que se conformar com a triste vidinha por dependência, por vergonha, por religião, porque sempre foi assim.
Esta também triste realidade ainda existe e creio eu com particular relevância no interior do nosso Portugal.

Não me considero um pregador de virtudes nem um puritano e também não vou afirmar que nunca assisti a show de strip, já assisti... melhor... a bem dizer quem protagonizou o show até fui eu (um triste show certamente) mas também não me obriguem a ter que aceitar sob a capa dos tempos modernos com alegria ou indiferença.

Então o que me espera?
Novas independências para repetição de velhos erros?