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A estabilidade no que respeita à paz instalada em Moçambique é uma realidade no entanto estamos perante um país de África com as suas características muito próprias, as heranças e os conceitos de um passado europeu não muito distante estão esquecidos e para uma maioria de moçambicanos esse legado foi “coisa” certamente não vivida.

Segundo relatos de um simpático e “virtual” conhecido meu, um português que vive actualmente em Maputo com quem troquei uns mails e que aqui exponho de forma muito resumida, podemos ouvir disparos de AK47 feitos pela própria polícia numa “simples” perseguição.
Provavelmente os habitantes locais encolhem os ombros num claro sinal de que para além do facto de um tiro poder magoar alguém nada de anormal se trata.
Nessa perseguição o bandido foi capturado sendo que surge posteriormente com um tiro cravado no pé, é que… “a policia em Moçambique atira ao pé”… “depois de capturar o bandido”.

No último almoço domingueiro na CP (casa dos pais) contava com orgulho e detalhe este episódio quando o meu tio, também ele um ex-habitante da capital de Moçambique, meio a brincar meio a sério sai-se com esta “o tiro no pé é para marcar o tipo”… ficámos todos meios brutos a olhar para ele!

Sim é para marcar o tipo… é o registo criminal à moda de África” diz seguido de uma gargalhada à moda dele!

Quando um bandido é capturado a primeira coisa que devem fazer é tirar-lhe o calçado… se existir… e confirmar se esse é o primeiro delito cometido ou não... se for o primeiro delito o pé tá porreiro e toma lá tiro... se já tiver buraquinho... é capaz de não ser agradável

Fiquei pensativo, não consigo deixar de admitir que possa ser mesmo assim, registo criminal deve existir certamente... mas quando? Depois dos 2 pés furados?
Uma policia que persegue a tiro um “bandido” por não ter pago umas cervejas e que lhe “espeta” com um balázio no pé só pode ser regra.

Esta história (e não só) pode ser lida aqui no blogue do Lupo o "Alunagem".