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Os dias de hoje não são fáceis para ninguém por vários motivos, crise financeira, manifestações, fecho de empresas, guerras, centenas de pessoas para o desemprego, fome, etc. Mas não vou falar sobre nada disso, até porque assumo a minha quota parte de responsabilidade em todos esses problemas, vou falar das relações inter-pessoais.
Sei que é um terreno lamacento e que está em ebulição nestes últimos tempos, mas se não falarmos também não vamos a lado nenhum, além de que os problemas dos meus amigos influenciam-me (muito), tiram-me o sono, e malta estas relações são bi-direccionais, ok.
Não pretendo dar sermões nem lições apenas partilhar experiências que vivi. Eu oriento-me pelas seguintes regras: a minha liberdade acaba onde começa a do outro, (tal como diz a minha mãe), não vale a pena nos pré-ocuparmos, o importante é ser feliz e saudável, objectivo de vida é plantar uma árvore (já tá), ter um filho (tá quase, já fiz a nota de encomenda, lá para 2012 se não for antes) e escrever um livro (já tá, mais ou menos), tudo tende para o equilíbrio universal e para terminar TUDO tem solução…menos a morte.
Até hoje tenho-me dado bem com estas regras apesar de nem tudo correr como eu gostaria (malta o paraíso não existe…ninguém anda com aquelas folhas de Plátano vestido…).
Um exemplo prático, durante vários anos não havia máquina de lavar a louça lá em casa, eu dizia que não era prioridade (logo lavava a louça) a minha ilustre amada dizia que precisávamos de comprar uma máquina de lavar a louça (logo só pontualmente lavava a louça). Isto levou inclusive a uma pequena troca de ideias (discussão ficava feio aqui) sobre como eu lavava a louça, devia lavar a louça assim e não assado, não era como eu fazia, etc, etc…mas afinal o objectivo não é ter a louça lavada no fim? Então para quê preocuparmo-nos com o MEIO e não com o FIM.
Foi então que com a mudança para a casa nova (tal qual sonho americano) veio a apaziguadora da máquina de lavar a louça, e não é que a minha ESPOJA tinha razão… para além de a louça ficar mais bem lavada (não menosprezando as minhas capacidades) fiquei com mais tempo de qualidade para podermos trocar ideias sobre outros temas tão pertinentes como a máquina da louça e dar explicações a uma pré-adolescente.
Rendi-me...às vezes COMPRAMOS GUERRAS desnecessárias se estivermos mais receptivos a ouvir a perspectiva dos outros.
Apesar de ao longo do tempo em que não havia a máquina eu ter ganho batalhas sucessivas sobre essa questão (e ainda ganho na batalha do modo como lavo a louça tendo em conta que o que interessa é a louça lavada no fim) hoje vejo que as energias que desperdiça-mos nas discussões até não foram em vão, foram apenas mais uns tijolos na nossa relação (envolta em PECADO J), pois não somos casados, mas isso é conversa para outro artigo (que já está na forja).
Acho que o importante nisto tudo é tentar encarnar/ver o outro lado e depois decidir, por isso mesmo não sou uma pessoa impulsiva (assumo aqui pela primeira vez ao vivo e a cores, que poderá ser eventualmente o meu único ou talvez 1/2 defeito), se calhar devia sê-lo em algumas situações, aliás, por não o ter sido já nos levou a calorosas discussões.
A minha questão É….O QUE É REALMENTE IMPORTANTE PARA NÓS?
Para mim o importante é que a minha mulher continue a ser exigente comigo e eu com ela para ambos evoluirmos (apesar de eu já ter de encolher a cabeça pois já quase toco no tecto da perfeição).
Para mim o importante é que eu continue a chamar a atenção das luzes acesas pela casa toda e ela de outros pormenores (não me vou expor mais J) que eu insisto em fazer.
Talvez precisemos de terapia de grupo para trocar experiências nestes temas importantíssimos.
Não vai ser fácil, não há preparação possível, mas é sempre mais fácil desistir do que LUTAR por…, mas a história só fala dos lutadores não faz nenhuma referência aos que desistem.
Beijos e abraços de todos para todos
PS: vai escrito a castanho pois sou mais terra a terra..)))